Nem toda loira é burra.
Nem toda patricinha é fútil.
Nem todo bebê é bonitinho.
Nem todo malandro é esperto.
Nem todo preso é bandido.
Nem todo chefe é líder.
Nem toda informação é útil.
Nem toda paixão é avassaladora.
Nem todo amor vale a pena.
Nem todo afeto é justo.
Nem todo amigo é irmão.
Nem toda verdade deve ser dita.
Nem toda infidelidade é falta de amor.
Nem todo beijo é bom.
Nem todo sorriso é sincero.
Nem todas as palavras o vento leva.
Nem todo abraço é reconfortante.
Nem toda crítica é destrutiva.
Nem toda tristeza é depressão.
Nem todo carnaval é alegria.
Nem todo não é ruim.
Nem toda palavra explica tudo.
Nem todo ponto é final.
domingo, 22 de agosto de 2010
sábado, 14 de agosto de 2010
Eu quero
Eu quero ter um fim de semana com mais de 48hrs.
Eu quero não ficar doente nunca.
Eu quero que todo mundo que eu amo, me ame também.
Eu quero ir pro trabalho sorrindo e voltar gargalhando.
Eu quero acordar às 6hrs da manhã assoviando por bons motivos.
Eu quero dormir até 3hrs da tarde sem culpa.
Eu quero não obedecer minha cabeça, e fazer somente o que o corpo deseja.
Eu quero fazer tudo aquilo que eu não deveria.
Eu quero gritar com todo mundo quando eu tiver com tpm e depois quero ser compreendida.
Eu quero comer sorvete, chocolate, pipoca e não engordar.
Eu quero nunca ter ressaca, independente da minha “mistura” na noite anterior.
Eu quero somente beijos apaixonados.
Eu quero que as pessoas que eu amo nunca vão embora.
Eu quero aprender a perdoar até mesmo o “imperdoável”.
Eu quero boas escolhas, e que as boas escolhas me queiram também.
Eu quero muitas coisas que podem parecer impossíveis. Mas elas só parecem.
Eu quero não ficar doente nunca.
Eu quero que todo mundo que eu amo, me ame também.
Eu quero ir pro trabalho sorrindo e voltar gargalhando.
Eu quero acordar às 6hrs da manhã assoviando por bons motivos.
Eu quero dormir até 3hrs da tarde sem culpa.
Eu quero não obedecer minha cabeça, e fazer somente o que o corpo deseja.
Eu quero fazer tudo aquilo que eu não deveria.
Eu quero gritar com todo mundo quando eu tiver com tpm e depois quero ser compreendida.
Eu quero comer sorvete, chocolate, pipoca e não engordar.
Eu quero nunca ter ressaca, independente da minha “mistura” na noite anterior.
Eu quero somente beijos apaixonados.
Eu quero que as pessoas que eu amo nunca vão embora.
Eu quero aprender a perdoar até mesmo o “imperdoável”.
Eu quero boas escolhas, e que as boas escolhas me queiram também.
Eu quero muitas coisas que podem parecer impossíveis. Mas elas só parecem.
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Ansiosos Anônimos
Boa noite, meu nome é Paola, sofro de ansiedade, e hoje é meu primeiro dia aqui no Ansiosos Anônimos.
É, eu sei que não existe outro A.A. além dos Alcoólicos Anônimos, mas bem que poderia. Assim como eu, existem mais outros milhões (ou seriam bilhões?) de ansiosos por aí desesperados por uma “cura” pra esse mal que já se tornou rotina na vida de muita gente.
Ansiedade é mais ou menos aquilo que você sente quando o seu chefe manda te chamar na sala dele i-me-di-a-ta-men-te; ou quando você recebe aquela carta vinda do “Ministério da Fazenda” (até porque quase nunca é restituição, né?); ou aqueles 30 segundos que antecedem a subida na balança depois de 2 semanas de muita dieta e malhação; ou aquela noite que você passa em claro ensaiando aquela apresentação do seu projeto que precisa da aprovação dos sócios da empresa; ou aquele momento que antecede a apresentação da sua monografia; ou ainda aquele friozinho na barriga quando encontra quem você está apaixonado... E aí? Lembrou agora?
A ansiedade é indicada por reações físicas absolutamente desagradáveis que aparecem nos momentos menos oportunos. É aquela sensação de um vazio no estômago, um certo medo, um aperto no peito, o coração acelerado, um nó na garganta, às vezes suor, uma falta de ar...
Hoje em dia é muito comum esse “surto” de ansiedade generalizada. A gente vive num mundo completamente imediatista, em que somos facilmente substituídos, e quase tudo é descartável. Vivemos sob constante pressão, na ordem de que tudo é pra ser feito “pra ontem”, e qualquer pequena falha pode causar prejuízos imensuráveis.
O mundo mudou muito e a cobrança sobre a nossa geração (20 e poucos anos) é grande. Muito grande. Aquela coisa de “o futuro está nas mãos das crianças” agora é quase literal. Ouço muito dizerem por aí que o pessoal que acabou de sair da faculdade é melhor ter certeza daquilo que estudou pois, caso contrário, entrar em outra faculdade pra exercer outra profissão aos 23, 24 anos é furada. Até se formar, e pegar experiência em outro ramo de atividade são mais 5, 6 anos, e o mundo atual simplesmente não tem tempo pra isso. Eu concordo e discordo em partes.
Discordo do fato de uma pessoa jovem tentar outra profissão aos 20 e poucos anos ser uma má ideia. Não necessariamente. O que não dá é pra ir trabalhar todo dia, como quem vai pro abate. E concordo, definitivamente, que o mundo hoje em dia não tem tempo pra nada. E em um mundo ansioso, cria-se toda uma geração de ansiosos.
Mas calmaê! Tanta pressão, tanta agitação, tanta precisão, tanta eficiência, tanta perfeição... Chega uma hora que a mente não aguenta, e dá pane. É aí que a ansiedade patológica entra em cena. Ela gera uma expectativa e um medo tão grande, que a cabeça simplesmente pára de funcionar. Mesmo.
Mas pra não chegar nesse ponto, volto ao meu desabafo de uma ré confessa: Boa noite, meu nome é Paola e sofro de ansiedade. Até porque acredito que só de admitir o problema já estou dando um passo em busca da “cura”.
É, eu sei que não existe outro A.A. além dos Alcoólicos Anônimos, mas bem que poderia. Assim como eu, existem mais outros milhões (ou seriam bilhões?) de ansiosos por aí desesperados por uma “cura” pra esse mal que já se tornou rotina na vida de muita gente.
Ansiedade é mais ou menos aquilo que você sente quando o seu chefe manda te chamar na sala dele i-me-di-a-ta-men-te; ou quando você recebe aquela carta vinda do “Ministério da Fazenda” (até porque quase nunca é restituição, né?); ou aqueles 30 segundos que antecedem a subida na balança depois de 2 semanas de muita dieta e malhação; ou aquela noite que você passa em claro ensaiando aquela apresentação do seu projeto que precisa da aprovação dos sócios da empresa; ou aquele momento que antecede a apresentação da sua monografia; ou ainda aquele friozinho na barriga quando encontra quem você está apaixonado... E aí? Lembrou agora?
A ansiedade é indicada por reações físicas absolutamente desagradáveis que aparecem nos momentos menos oportunos. É aquela sensação de um vazio no estômago, um certo medo, um aperto no peito, o coração acelerado, um nó na garganta, às vezes suor, uma falta de ar...
Hoje em dia é muito comum esse “surto” de ansiedade generalizada. A gente vive num mundo completamente imediatista, em que somos facilmente substituídos, e quase tudo é descartável. Vivemos sob constante pressão, na ordem de que tudo é pra ser feito “pra ontem”, e qualquer pequena falha pode causar prejuízos imensuráveis.
O mundo mudou muito e a cobrança sobre a nossa geração (20 e poucos anos) é grande. Muito grande. Aquela coisa de “o futuro está nas mãos das crianças” agora é quase literal. Ouço muito dizerem por aí que o pessoal que acabou de sair da faculdade é melhor ter certeza daquilo que estudou pois, caso contrário, entrar em outra faculdade pra exercer outra profissão aos 23, 24 anos é furada. Até se formar, e pegar experiência em outro ramo de atividade são mais 5, 6 anos, e o mundo atual simplesmente não tem tempo pra isso. Eu concordo e discordo em partes.
Discordo do fato de uma pessoa jovem tentar outra profissão aos 20 e poucos anos ser uma má ideia. Não necessariamente. O que não dá é pra ir trabalhar todo dia, como quem vai pro abate. E concordo, definitivamente, que o mundo hoje em dia não tem tempo pra nada. E em um mundo ansioso, cria-se toda uma geração de ansiosos.
Mas calmaê! Tanta pressão, tanta agitação, tanta precisão, tanta eficiência, tanta perfeição... Chega uma hora que a mente não aguenta, e dá pane. É aí que a ansiedade patológica entra em cena. Ela gera uma expectativa e um medo tão grande, que a cabeça simplesmente pára de funcionar. Mesmo.
Mas pra não chegar nesse ponto, volto ao meu desabafo de uma ré confessa: Boa noite, meu nome é Paola e sofro de ansiedade. Até porque acredito que só de admitir o problema já estou dando um passo em busca da “cura”.
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Pecado Capital
E aquele papo de 7 pecados capitais? Confesso que nunca entendi direito de onde vinha isso. Quem inventou essa lista de substantivos tão degradantes para o ser humano? É coisa de religião? Qual a diferença de um “pecado comum” pra um “pecado capital”?
Bom, não sei responder a essas perguntas. Mas o que me intrigou quando eu rapidamente pensei sobre esse assunto, é que acredito que todo mundo pelo menos uma vez por dia comete um – ou provavelmente mais – desses pecados.
Pensa rápido: A segunda-feira chegou, e você ainda cansado pela semana que passou e cansado do fim de semana (afinal, quem disse que se divertir não cansa?), não sente a menor vontade de trabalhar. Academia? Deixa pra próxima segunda-feira (dia oficial de começar a malhação). Sabe aquela preguiça até de pensar? Então, olha ela aí. Preguiça.
Não se encaixou nessa situação? Ok, vamos pra próxima.
Você está caminhando pelas ruas do bairro com sua humilde estatura média da mulher brasileira, e passa aquela mulher “tipo modelo” do seu lado. Porque ela não foi passar pelo outro lado da rua? No mínimo injusto. Você até tentou pensar por outro lado, admirar... Mas não deu. Inveja. (Citei o exemplo da altura já que é algo que não se pode mudar permanentemente, a não ser que você mantenha um salto de drag queen colado nos pés a vida inteira.)
Ou então, você que está vendo aqueles emails “educativos” que seus amigos te mandam com a mensagem no assunto “cuidado”, pra ninguém pegar você assistindo aqueles troços no meio do expediente, se depara com algo, digamos, “melhor” do que o seu. Não vamos desmerecer o que Deus te deu, porém... Bateu uma inveja. (Mais uma vez citei o exemplo “tamanho” já que nesse caso também é algo que não se pode mudar de forma permanente.)
E aquele seu apego? Apego a um lugar, a um objeto, a uma pessoa, a uma informação, ao dinheiro... Todo mundo tem algum apego, daquele tipo bem avarento, sabe? Mesmo que não saiba, você com certeza tem um, só provavelmente ainda não o descobriu. Sim, você é avarento, tenha consciência disso ou não.
Sabe aquele dia que você acorda com o rei na barriga? Ninguém é inteligente, bonito, útil ou eficiente perto você. É raro, e esse momento pode durar apenas uns minutos, mas é inevitável que uma hora ou outra você vá estar nas mãos da soberba.
E aqueles outros dias que você acorda achando que o mundo é injusto, que nada dá certo pra você, as pessoas a sua volta não te compreendem... (Muito comum nas mulheres que sofrem de TPM.) A solução rápida que você encontra é preencher essa falta com alguma coisa. E vamos lá se entupir de sorvete, pizza e afins! Quase não se sente o gosto de nada porque a idéia não é se alimentar, é preencher esse vazio o mais rápido possível. Gula.
A gula não para por aí. A gula é exatamente essa coisa da voracidade de, por exemplo, querer engolir o mundo, o querer saber de tudo, mas sem conseguir apreciar ou aprender, ou seja, sem sentir o gosto de nada.
Outra situação em que, com certeza quem já passou por isso, não discorda. Lembra aquele dia que você descobre que seu/sua namorado/a está te traindo? O sentimento é imediato. Não existe nada que explique melhor o que passa dentro da gente quando isso acontece quanto a ira.
E por último, mas não menos importante, aquelas nossas vontades, aqueles desejos incontroláveis... Ah, a luxúria... Quem não tem seus momentos de ceder aos “prazeres carnais”?
Tirando a conotação religiosa, pecar vem da palavra "pecare" que quer dizer "errar de alvo ". Sempre que nós "pecamos", erramos de alvo. Agora, depois de falar sobre situações que são tão comuns na vida de nós, reles mortais, me pergunto: Estaríamos todos nós fadados a pecar? Afinal, os pecados citados acima são, na verdade, parte do instinto do ser humano, que por ser racional, pode com o tempo aprender a controlar tais instintos. Ou não.
Será que realmente nossos instintos nos desviam dos nossos objetivos/alvo? Não seria meio injusto colocar em guerra aquilo que nos faz seres tão distintos e especiais? Nossos objetivos vêm de fontes racionais. Já nossos instintos são de procedência sentimental. Nenhum tem controle sobre o outro. Não são inimigos, e sim parceiros em todas as nossas decisões e atitudes que tomamos.
Pensar em “pecar” ou não “pecar” é uma questão que talvez eu, nem ninguém, nunca consiga responder.
E enquanto eu penso nisso, vou seguindo meus instintos e, de quebra, acertando meus alvos.
Bom, não sei responder a essas perguntas. Mas o que me intrigou quando eu rapidamente pensei sobre esse assunto, é que acredito que todo mundo pelo menos uma vez por dia comete um – ou provavelmente mais – desses pecados.
Pensa rápido: A segunda-feira chegou, e você ainda cansado pela semana que passou e cansado do fim de semana (afinal, quem disse que se divertir não cansa?), não sente a menor vontade de trabalhar. Academia? Deixa pra próxima segunda-feira (dia oficial de começar a malhação). Sabe aquela preguiça até de pensar? Então, olha ela aí. Preguiça.
Não se encaixou nessa situação? Ok, vamos pra próxima.
Você está caminhando pelas ruas do bairro com sua humilde estatura média da mulher brasileira, e passa aquela mulher “tipo modelo” do seu lado. Porque ela não foi passar pelo outro lado da rua? No mínimo injusto. Você até tentou pensar por outro lado, admirar... Mas não deu. Inveja. (Citei o exemplo da altura já que é algo que não se pode mudar permanentemente, a não ser que você mantenha um salto de drag queen colado nos pés a vida inteira.)
Ou então, você que está vendo aqueles emails “educativos” que seus amigos te mandam com a mensagem no assunto “cuidado”, pra ninguém pegar você assistindo aqueles troços no meio do expediente, se depara com algo, digamos, “melhor” do que o seu. Não vamos desmerecer o que Deus te deu, porém... Bateu uma inveja. (Mais uma vez citei o exemplo “tamanho” já que nesse caso também é algo que não se pode mudar de forma permanente.)
E aquele seu apego? Apego a um lugar, a um objeto, a uma pessoa, a uma informação, ao dinheiro... Todo mundo tem algum apego, daquele tipo bem avarento, sabe? Mesmo que não saiba, você com certeza tem um, só provavelmente ainda não o descobriu. Sim, você é avarento, tenha consciência disso ou não.
Sabe aquele dia que você acorda com o rei na barriga? Ninguém é inteligente, bonito, útil ou eficiente perto você. É raro, e esse momento pode durar apenas uns minutos, mas é inevitável que uma hora ou outra você vá estar nas mãos da soberba.
E aqueles outros dias que você acorda achando que o mundo é injusto, que nada dá certo pra você, as pessoas a sua volta não te compreendem... (Muito comum nas mulheres que sofrem de TPM.) A solução rápida que você encontra é preencher essa falta com alguma coisa. E vamos lá se entupir de sorvete, pizza e afins! Quase não se sente o gosto de nada porque a idéia não é se alimentar, é preencher esse vazio o mais rápido possível. Gula.
A gula não para por aí. A gula é exatamente essa coisa da voracidade de, por exemplo, querer engolir o mundo, o querer saber de tudo, mas sem conseguir apreciar ou aprender, ou seja, sem sentir o gosto de nada.
Outra situação em que, com certeza quem já passou por isso, não discorda. Lembra aquele dia que você descobre que seu/sua namorado/a está te traindo? O sentimento é imediato. Não existe nada que explique melhor o que passa dentro da gente quando isso acontece quanto a ira.
E por último, mas não menos importante, aquelas nossas vontades, aqueles desejos incontroláveis... Ah, a luxúria... Quem não tem seus momentos de ceder aos “prazeres carnais”?
Tirando a conotação religiosa, pecar vem da palavra "pecare" que quer dizer "errar de alvo ". Sempre que nós "pecamos", erramos de alvo. Agora, depois de falar sobre situações que são tão comuns na vida de nós, reles mortais, me pergunto: Estaríamos todos nós fadados a pecar? Afinal, os pecados citados acima são, na verdade, parte do instinto do ser humano, que por ser racional, pode com o tempo aprender a controlar tais instintos. Ou não.
Será que realmente nossos instintos nos desviam dos nossos objetivos/alvo? Não seria meio injusto colocar em guerra aquilo que nos faz seres tão distintos e especiais? Nossos objetivos vêm de fontes racionais. Já nossos instintos são de procedência sentimental. Nenhum tem controle sobre o outro. Não são inimigos, e sim parceiros em todas as nossas decisões e atitudes que tomamos.
Pensar em “pecar” ou não “pecar” é uma questão que talvez eu, nem ninguém, nunca consiga responder.
E enquanto eu penso nisso, vou seguindo meus instintos e, de quebra, acertando meus alvos.
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