quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

O Siso

Há uns dias eu vinha com uma dor de cabeça estranha. Nada muito forte e longe de ser insuportável, mas uma dor contínua. Pensei estar ficando gripada, ou que fosse um simples cansaço dado às “estripulias” feitas no fim de semana do reveillon, ainda que tivesse noção de que nem foram taaantas “estripulias” assim.

Pois é. Há anos, ou melhor, desde que deixei de passar um reveillon com a família, não me recordo de uma virada de ano tão light como esta. Mas sem dúvida, não menos divertida. Visto que passei 10 horas em uma festa na qual bebidas alcoólicas andavam sozinhas até seu copo, o som era non stop, e as companhias eram as mais divertidas possíveis, entrei meu novo ano de forma memorável. Sem porres, sem precisar segurar o cabelo de ninguém pra vomitar (nem que precisassem segurar o meu), sem perder a noção e entrar naquele clima de “o mundo vai acabar hoje, então vou fazer tudo que quiser, e fod*-se se der merd*” que costuma ser muito comum no dia 31 de dezembro.

Meu dia seguinte foi (quase) sem ressaca, com apenas um cansaço físico pelos dias seguidos de trabalho e mais as 10 horas de festa. Dormi umas 9 horas no total. Fiquei tão descansada, que não demora muito e fui de novo comemorar! Não sei nem bem o que, mas o fato é que sábado por si só é motivo de celebração, então lá fui eu de novo. Bebida sim, música sim, amigos sim, dançando atééé de manhã, sim! Mas novamente, meu dia seguinte era exatamente como dizia Lionel Richie: easy like a sunday morning.

O domingo foi tão tranqüilo, que nem me importei que a vizinha estivesse assistindo Faustão e Fantástico nas alturas (acho que ela tem problema de audição) enquanto eu tentava assistir meus seriados no quarto. Resolvi o problema: fechei a janela e liguei o ar. Era hora de ficar um pouco comigo e descansar, afinal a primeira segunda-feira do ano se aproximava.

E lá veio essa dorzinha de cabeça incomodar novamente. E foi assim durante a semana. Até que ainda há pouco, fui escovar os dentes, e minha escova bateu em alguma coisa que não era usual. Meti o dedão lá no fundo da boca pra averiguar que troço era aquele. E surpresa: meu primeiro siso nascendo. Com o perdão do trocadilho, terei eu começado a me tornar uma pessoa de siso (rs)? Talvez.

O fato é que a extração do dente será mesmo necessária, mas o juízo permanece. Por enquanto.