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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Morte da fênix

Os 350ml de café que tomei pra despertar, e tentar absorver a idéia de que tudo não foi mesmo um pesadelo, não adiantou. A ficha cai, mas enquanto vejo sua fria presença por aqui, rezo pra eu esteja somente dormindo. Sofro pensando que em algum momento eu realmente não acorde – nem você – e tudo isso seja mesmo a realidade.
Já sabia que em algum momento nossa convivência chegaria ao fim. Me preparei para quando acontecesse. Mas pensei estar preparada... E me enganei. Qualquer separação é sofrida. E na vida, experimentamos esses sentimentos sem ensaio. Pra cada circunstância uma dor diferente. E nem por isso menos dolorido. Dor, sofrimento, tristeza, não se medem. Sentimentos não são mensuráveis.
Separação é a interrupção de uma relação, um afastamento (momentâneo ou eterno), é abandonar aquela vida que compartilhavam, é desligar-se do outro, é desapegar-se da vida que tinham em comum.
A verdadeira separação é uma espécie de morte do outro indivíduo. E em alguns casos, separação é um eufemismo pra morte propriamente dita.
E eu aqui, após 25 horas sem dormir, dessa vez por conta de uma recente separação, mesmo estando totalmente desperta por conta da cafeína posso dizer que agora estou morta. Mas sei que não pra sempre, pelo menos por enquanto. A fênix queimou e virou cinza. Mas em breve ela renascerá.

*Post dedicado à minha companheira dos últimos 15 anos. Melissa, minha cachorrinha mais amada. Descanse em paz.