terça-feira, 1 de novembro de 2011

20 e poucos anos

Ter 20 e poucos anos é ter aquele ar de quem sabe tudo. Ou quase isso. A gente sabe que tem muita coisa pra aprender, mas falar e expor isso é coisa de gente careta e insegura. E aos 20 e poucos anos, a gente não é careta nem inseguro. Só às vezes. E às vezes é quase sempre. Ou sempre.

Aos 20 e poucos anos a gente está no limbo entre infantilidade adolescente rebelde e a maturidade dos balzaquianos. A gente bebe e pega táxi, mas vomita no cesto de roupa quando chega em casa.

Ter 20 e poucos anos é saber que a casa dos pais é um porto seguro e ainda assim querer ir pra rua, morar num conjugado, ou dividir um apê com um amigo a qualquer custo. Viver “perigosamente” é especialidade nossa.

Aos 20 e poucos anos a gente começa a ficar mais distante dos amigos. Trabalho, curso, namorados... Fica cada vez mais difícil encontrar horários vagos pra tomar aquela cervejinha e bater um papo como antigamente. Antigamente? É. Antigamente. A adolescência passou faz tempo, amigo.

Depois de 20 e poucos anos as multidões não são mais tão prazerosas como antes. Show, noitada, bar lotado 4 vezes por semana são coisas que não rolam mais. Uma vez por semana e a gente já se sente vitorioso de ter sobrevivido a tanta gente.

Aos 20 e poucos anos aquela mesma multidão que preenchia umas 4 noites na semana começa a ter um ar mais “vazio”. Por isso perde um pouco a graça. A gente pode tentar conhecer as pessoas que estão ali, trocar uma ideia, quem sabe não tem aquela pessoa especial ali? Mas não dá muito certo. Que ideia? Que conversa? É provável que ele(a) nem se lembre que te conheceu na noite anterior. A gente começa a freqüentar lugares menos barulhentos como alternativa.

Então, você está lá... Com seus 20 e poucos anos, olha pro seu trabalho, pra sua rotina, pra sua conta bancária, pro seu namorado(a), pro seu corpo, pro seu quarto, sua cama e pensa: Será que era isso mesmo? Dia a dia vai descobrindo aquilo que é ou não é pra você. E todo dia você muda de ideia.

Finalmente você começa a se entender, começa a respeitar seus limites, e suas opiniões ficam mais fortes. É quando você se dá conta que assim como a infância e a adolescência, os 20 e poucos anos são uma fase. Fase que passa rápido. Vai passando a cada linha lida e escrita. Tão contraditório, tão mutável, tão imperfeito, tão gente... Assim como eu e você.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Amar (não) é careta

Nos últimos tempos tenho me deparado com certas atitudes e pensamentos sobre amor que me deixam inquieta. Apesar do nosso senso atual querer sempre mostrar que somos muito auto-suficientes, a verdade é que ninguém vive sozinho. No máximo, se sobrevive sozinho.

Partindo desse princípio, não deveria ser vergonhoso querer ter alguém pra amar, e estar junto quando precisa, e quando não precisa também. Afinal, o QUERER é sempre melhor do que o PRECISO. Dá um tom de livre escolha na relação...

Voltando ao assunto, quando falamos em amor no século XXI com a geração dos 20 e poucos, percebo uma certa vergonha em assumir que “precisamos” e queremos alguém do nosso lado. A gente adquiriu uma síndrome de “loser”, na qual assumir um desejo que reside em outro ser humano é sinal de fraqueza, que não deveria NUNCA ter chegado aqui.

E aí, atingimos um patamar crítico: no século XXI não se ama. Ninguém quer saber de ninguém, somos todos corpos que se juntam numa sexta ou num sábado à noite pra intuito de diversão. Amar é bobagem, é “out”, não é “cool”. Amar é coisa de gente careta.

Pra compensar essa falta da estabilidade no amor (que adentrou todos os outros campos da vida), a nossa geração sabe SE APAIXONAR. Paixão é cool, é hot, é in. Paixão e loucura são melhores amigos. Melhor ainda: paixão e loucura são amantes, e, claro, mantém um relacionamento aberto.

No século XXI, a intensidade das coisas é tão forte, que não vale a pena nada que não se tenha paixão. Concordo e discordo.

É preciso realmente ter paixão pelas coisas. Paixão pelo trabalho, paixão pelo mês de férias, paixão pelas pessoas que você escolheu conviver (conhecidos como amigos), paixão pela pessoa que você se tornou e se transforma todos os dias.

Paixão é aquilo que tira a gente da cama! Por paixão se deve viver.

E o amor nisso tudo? Bem... O amor é aquilo que te traz paz. É preciso amar todos os segundos que se está vivo, amar quem faz esse trajeto contigo, amar quem você é e quem você vai ser.

Amor é aquilo que te deixa ir pra cama tranquilo. (E tranquilidade, hoje em dia, é artigo de luxo. É coisa pra quem pode...) Por amor, simplesmente, se é.

E é aí, onde eu vejo que a nossa geração está se perdendo. Paixão é bom, e é necessária, sim! Mas amor é um outro espaço que se conquista. Ele vem logo depois que você se apaixona, e podem até dividir o mesmo espaço, sem brigas.

Então relaxa, gente... Fiquem à vontade e sem pudor: Amar não é careta.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Cafajeste também ama(?)!

Um cafajeste, em tese, seria aquele sujeito que é um solteiro convicto, um garanhão assumido, um fanfarrão que gosta de brincar com o coração alheio. Um cafajeste não gosta de ninguém no pé, questionando seus atos e sua forma um tanto “grosseira” de se relacionar com os amigos, muito menos de nhenhenhem na frente dos mesmos. Na mesma categoria, ainda temos o cafajeste “gentleman”. Aquele que promete mundos e fundos, mas que só está mesmo interessado no seu fundo, com direito a trocadilho infame.

Estabelecidos os padrões de “cafajestagem”, voltemos ao que interessa: Cafajestes serão pra sempre cafajestes?

Se você é uma dessas que, sem querer, se entregou a um cafajeste, peço calma. Primeiro, porque pra se apaixonar por um cara que aparentemente não quer nada com ninguém, é um problema única e exclusivamente seu. Vá procurar um analista. (E se você acha que eu estou sendo muito fria, acredite, não estou. Adoraria que alguém tivesse me dito isso quando eu tinha meus 17 anos. Me pouparia de muitos problemas.)

Porém, se você só descobriu depois que ele levava uma vida na cafajestagem, bem... É hora de analisar friamente a situação, pois, minha amiga, pasme: cafajestes também amam!

Cafajestes apaixonados se transformam em latin lovers (pausa pra rir). É café na cama, flores inesperadas num domingo à tarde, é presente sem data especial... E não é pra te enganar, não! Ele realmente gosta de fazer esses agrados. E apesar de não parecer, o cafa é uma espécie com sentimentos. Mas não vá ficando toda animadinha pensando que um cafa vá deixar sua cafajestagem de lado. Se você espera que ele mude, esquece. Vá procurar seu ator principal de comédia romântica, porque o tipo cafa não faz o seu estilo.

Mas se você quiser tentar a vida ao lado dele, mergulhe de cabeça. Porque ele vai ser sempre aquele tipo “free spirit”, pelo qual você se apaixonou. E não adianta pedir seu dinheiro de volta.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Confissão

Confessar é revelar a própria culpa, o próprio delito. É íntimo. Por isso, só me confesso pra mim mesma. Eu, essa pessoa com a qual eu pretendo manter uma relação amigável pro resto da vida.
Cada vez que me confesso sou devastada por sentimentos horríveis. É uma espécie de "ressaca moral" da verdade, sabe? Admitir certos pensamentos - e atitudes - me faz sentir uma pessoa perversa, maldosa. O que, de início, não é nada bom.
Mas depois de digerido, e devidamente refletido após um momento de introspecção, eu relaxo.
Me lembro que perverso, de fato, é quem não admite sê-lo.
Então, viro meu travesseiro, ajeito o lençol, e volto a dormir.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Tempo, idade, e outras questões

Em vésperas de completar meus 24 anos – NOSSA! JÁ? – me vêm à cabeça umas questões. Quando eu tinha meus 8, 9 anos de idade me imaginava já uma MULHER aos 24 anos. Embora não me veja assim, eu já sou uma mulher. Ou não. Sou?
Peraí... Tá confuso. Eu explico.
Por questões fisiológicas e cronológicas, sim, eu sou uma mulher de (quase) 24 anos. Mas como posso me considerar adulta se ainda sei de cór umas 27 músicas dos Backstreet Boys e outras 15 das Spice Girls? Até hoje me escangalho de rir assistindo os mesmos episódios de Pica Pau que eu via antes de ir pro colégio em meados dos anos 90.
É aí que me vêm os deadlines, as contas, os INSS/PIS PASEP/PQP e Imposto de Renda e me dão o empurrão pra vida adulta. Crescer não é nada fácil, e todo mundo já me avisava sobre isso quando eu era criança. Nunca dei ouvido e continuava reclamando que estudar o dia inteiro pra prova de Geografia do dia seguinte era muito chato. Hoje eu sei que chato é ter só 24 horas no dia pra trabalhar, dormir, conversar, comer (almoço pelo menos), malhar (nem que seja a vida alheia), ir ao médico, e me divertir. Dá tempo? Óbvio que não.
A parte boa nisso tudo, é que eu realmente valorizo hoje os minutos que eu tenho. Valorizo, mas ainda não os utilizo da melhor forma possível. Acho utópico conseguir fazer TUDO que se planeja.
É impressionante a capacidade que o tempo tem de ser tão paradoxal: os dias são looongooossss, mas passam voando. A semana demora pra acabar, mas a segunda-feira chega rápido. A impressão que dá é que daqui a 10 anos vou comemorar meu 45º aniversário! O_o
Seguindo essa linha de raciocínio, ainda tenho uns 10 anos pra viver até o próximo dia 14. Então, com licença. Fui ali viver e já volto.

Ps: Será que isso explica a minha ausência no blog? rs

terça-feira, 24 de maio de 2011

Agradecimento

Todo mundo tem algumas pessoas importantes na vida - ou, pelo menos, eu espero que tenha. Aquelas que não importa o que aconteça, ou que o tempo passe, elas vão estar sempre presentes de alguma forma. São popularmente chamados de AMIGOS. Se você não sabe o que é isso... Bem, é hora de sair da internet e botar a cara na rua.
Talvez isso não interesse muito a vocês diretamente, mas tenho certeza que talvez reconheçam algum/alguns amigo(s) por aqui.
Queria agradecer a você, amiga-irmã, que me acompanha desde os meus primeiros meses de vida, por estar sempre presente, me mostrando que a maior loucura que se pode cometer é não desfrutar das loucuras da vida.
O que dizer então do tanto que aprendi com você, minha amiga mais inteligente, que me pôs à vista que apesar de tão centrada e racional, era a emoção que definia o caráter das pessoas.
Com você, amiga-paquita(rs), aprendi que a festa que se passa no rosto, muitas vezes não mostra o silêncio da alma. É preciso muita sensibilidade pra conhecer todos os "moldes" que alguém pode ter, e na maioria das vezes, os lados ocultos são os mais admiráveis.
Não posso deixar de dizer o quanto te admiro, amiga-workaholic, por tamanha personalidade e força de vontade frente aos imensos desafios da vida. Sou uma pessoa menos frouxa (rs) por sua causa.
Meu maior orgulho é você, amiga mais doce que eu tenho. Conheço desde pequenininha e agora é esse mulherão (haha!) bem sucedido, enchendo as amigas de saudade porque agora mora longe.
Com você, amiga-que-some-quando-namora, aprendi a ser uma pessoa perseverante, a contornar melhor as dificuldades, e entendi que mudar é necessário.
Minha amiga geminiana, que agora está tão longe, você me inspirou tanto com essa sua "virada" de vida! Me mostrou que o mundo é seu, e pode ser meu também.
Você, amiga linda-loira-dos-olhos-azuis, me mostrou que ser bonita sem ser divertida não adianta de nada. Lembrar das suas peripécias faz meu dia mais bem-humorado. Com você aprendi a ver o mundo com outros olhos... Olhos menos "cansados".
Nunca esqueço de você, amiga bipolar, que me fez entender que ter controle é importante, mas se descontrolar, vez ou outra, é fundamental.
Você, amiga linda, que não se cansa de ser linda(rs), me mostrou que ainda existe gente romântica por aí sim, e que isso pode acontecer até num carnaval em Salvador(!).
E agora o que dizer de você, amiga de sangue? Hoje percebo o quanto é importante ter "voz" na vida. E depois de ter visto tanta coragem em você, ao expor tudo aquilo que pensava - e pra tanta gente! - me considero mais firme e perseverante diante dos reveses.
Não posso deixar de agradecer à você, amiga que veio de longe, que me ensinou que a distância é mero detalhe quando existe amor e vontade, muita vontade, de estar junto. Por sua causa, hoje eu tenho um amor que vai ser pra vida toda.
Com todas vocês, aprendi muitas coisas e, com isso, construí quem eu sou hoje.
Muitas vezes, nós não paramos pra pensar no quanto somos "sortudos" por ter tantas pessoas especiais na nossa vida. O dia a dia nos deixa muito acelerados, e sem tempo pra refletir sobre coisas tão simples, mas tão necessárias. Agradecer faz bem pra quem agradece e pra quem é agradecido.
Tenho apenas mais uma palavra pra dizer, que acho que resume tudo: Obrigada!

quinta-feira, 28 de abril de 2011

O dia em que resolvi ser loira

Estava eu, há 21 anos vivendo com meus cabelos castanhos numa relação de quase-amor-e-ódio. Dias eu acordava pensando “puxa, como você está bonito hoje” e outros pensando “por que você me odeia tanto, cabelo?”. Mas acho que isso é normal pra, pelo menos, 99% das mulheres. A cor do meu cabelo nunca foi algo que eu fosse muito apegada – sempre me apeguei mais ao comprimento dele. Aos 8 anos pedi pra minha mãe fazer uma mecha no meu cabelo. Quem for nascido mais pro final dos anos 80 sabe do que eu estou falando. Aquela mecha de cabelo descolorida bem na frente da cabeça, tipo no lugar da franja. É lindooo! Not. E o pior: mamãe não só deixou, como ela mesma que fez a obra de arte na minha cabeça.

Não muito tempo depois, aos 10 anos de idade eu já perturbava minha mãe – novamente – e dessa vez querendo pintar o cabelo de vermelho(!) porque uma das Spice Girls era ruiva e eu super me identificava com ela. Mais uma vez mamãe permitiu e participou da epopeia. E sim, Spice Girls em 1997 era SU-CES-SO! Atire a primeira pedra quem nunca cantarolou “If you wanna be my lover, lálá lálá lá láááá”!

Ao passar essa fase, escureci os cabelos. Dessa vez de preto. Era 1999, eu tinha 12 anos, e começava a entrar na pior fase da vida. Em quesito estranheza, de 0 a 10, eu levava DEZ! Nota dez (voz do cara que fala as notas de escola de samba)! Era branca feito um papel, de cabelo preto (quase roxo de tão preto) e uma olheira que só o melhor corretivo salva – e às vezes nem ele. De repente, se fosse hoje em dia, eu fizesse sucesso com os gatinhos do colégio já que eu parecia fazer parte da saga Crepúsculo. Mas não era o caso. Mesmo! Depois disso resolvi que era melhor não tentar mudar o que já estava ruim, pois sempre eu acabava por piorar minha aparência.

Perto de chegar aos 18 anos, meu cabelo era a única coisa virgem em mim. Decidi que era hora de desvirginar e desbravar minha cabeleira imaculada: vou fazer luzes! Comecei discretamente. Passei de um castanho escuro, para um castanho médio, virou meio chocolate, chegando num castanho claro. Nunca tive a intenção de ser loira na vida. Até sacaneava a minha irmã que é loira desde os 14 anos de idade – foi mal pela revelação, sista.

Mas sabe como é, né? Mulher leva cabelo e personalidade muito a sério. Afinal, cabelo é mesmo algo que define bem quem somos ou queremos aparentar ser. Então, me vi com 21 anos de idade, terminando um relacionamento de 4 anos, no último semestre da faculdade, e sem fazer disso uma decisão muito elaborada, concluí que era hora de mudar e falei “Pode clarear! Sem medo.”

Nunca pensei que um elemento como “cor de cabelo” fizesse tanta diferença. Passei um bom tempo me acostumando com a ideia de ver uma loira no espelho, e ser chamada de “loirinha” ou até “lorão” (?) no meio da rua. Tem amigas minhas que até hoje não conseguem me enxergar dessa forma, e pessoas que me conhecem hoje e não me imaginam de cabelo escuro.

Confesso que achava mais “fácil” ser morena. Ninguém me chamava de “morena” no dia a dia como me denominam “lôra”. Não que isso me incomode, mas me levou a pensar que num país onde quase nenhuma mulher é genuinamente loira, por que existem TANTAS loiras andando por aí?

Ser loira é caminhar nos extremos. Se você for uma loira tímida, um pouco mais na sua, você vai parecer 10 vezes mais recatada do que realmente é. Será a própria mocinha inocente de filme de terror que é assassinada logo nos primeiros 10 minutos de filme por ser, obviamente, ingênua demais. Se você tiver uma personalidade mais desinibida, sem muitos pudores, você cairá facilmente na categoria das vulgares. Você seria a vilã da novela: rica, muito poderosa, bem maquiada e, provavelmente, promíscua ou com um passado condenável.

E agora, Paola? Moça ingênua e virginal, vestida de estampa floral ou mulher decidida e sem pudores, pronta pra guerra dentro de um figurino justíssimo? Dentre as opções, fico com meu vestidinho colado e florido, pensando os maiores absurdos do mundo enquanto sorrio da forma mais doce possível.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Só por hoje

Só por hoje eu quero dormir sem hora pra acordar. Só hoje eu não quero atender se meu telefone tocar. Hoje eu não quero ninguém pra me incomodar.
Só por hoje eu quero ver anoitecer com você do meu lado. Só hoje eu quero adormecer ainda abraçado. Hoje eu quero vadiar sem pecado.
Só por hoje eu quero não me sentir culpada. Só hoje eu quero me divertir na madrugada. Hoje eu quero entender essa charada.
Só por hoje eu quero poder gritar. Só hoje eu quero que alguém entenda os conflitos que berram em mim sem parar. Hoje eu quero um ombro pra chorar.
Só por hoje eu quero ter sorte. Só hoje eu preciso ser forte. Hoje eu quero que você me conforte.
Só por hoje eu quero pensar. Só hoje eu quero apostar. Hoje eu preciso despertar.