segunda-feira, 9 de abril de 2012

BLOG NOVO!

Pois é, galere... Esse é o motivo do meu sumiço por aqui.
Não que eu tenha muitas pessoas interessadas no meu conteúdo (o povo só quer saber do meu rostinho bonito - Mentira! Nem é. rs), mas vim dar uma satisfação pra minha meia dúzia de 8 leitores.

Estou montando um blog novo, e dessa vez, decente!
Podem estourar a champanhe (ou a cidra cereser), minha meia dúzia de 5 leitores!

Já estou produzindo os conteúdos e vou manter o blog sempre atualizado pra vocês me acompanharem, minha meia dúzia de 4 leitores fiéis!

Até breve! (Breve mesmo, tá? Mês que vem a bagaça vai pro ar!)

=*

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Sobre sutiã, drinks e machismos do século 21

Coisas que evito fazer ao máximo: debater sobre machismo, entrar em polêmicas internéticas, e brigar com a minha mãe. Dessa vez me senti obrigada a dar voz a dois dos três, e a briga com a minha mãe vai ter que ficar pra uma próxima oportunidade.

Aqui estamos nós, em pleno século 21, ano de 2012, e só consigo pensar que TUDO mudou e NADA mudou. O tempo passa cronologicamente, mas sinto voltar rumo ao paleolítico. Involução.

A nossa geração de jovens adultos é bem diferente da juventude ativista dos anos 60, 70. Nós já “encontramos” uma base legal pra viver, com algumas coisas mais no lugar, o passe quase perfeito pro gol. E decidimos chutar pra fora. Talvez exatamente por não ter enfrentado nenhuma ditadura ou não ter feito parte de movimentos sociais importantes, a gente não se compromete muito com questões que deveriam ser de nosso próprio interesse. O fato é que isso não deveria justificar tamanha falta de engajamento e esclarecimento sobre coisas que num passado não tão distante nossos pais ou avós lutaram tanto pra conseguir.

Noto hoje uma parte das mulheres que não faz jus ao que tantas outras lutaram durante anos ao queimar seus sutiãs – coisa que considero desnecessária, visto que sutiã pra algumas é uma bênção, rs – e reivindicando seus direitos de votar, trabalhar fora, pelos seus direitos reprodutivos, pela proteção contra violência doméstica, abuso sexual... Vejo uma parcela dessas moças se auto desvalorizando, numa tentativa fracassada de competir com homens através de atitudes e vontades, acabando por se nivelar por baixo. Eles não são padrão de comportamento a ser seguido. Homens também devem evoluir e sair de suas cavernas. As mulheres, de forma confusa, estão "cagando" tudo. E nesse bolo todo, contribuindo com a cultura machista que ainda insiste em permear na sociedade.

Mulheres são desde sempre alvo do machismo, muitas vezes embutidos em coisas que nunca percebemos antes. Já olharam os verbetes “homem” e “mulher” no dicionário? Já viram a diferença entre um “homenzarrão” e uma “mulheraça”? Um “homão” no dicionário pode ser um cara forte ou talentoso. Um “mulherão” é apenas uma mulher que mostra muita “abundância”. Se ela tem talento? Oras... E ter uma bunda grande não é talento hoje em dia?! Valeska e Melancia não me deixam mentir.

É assim que mulheres ainda vivem, numa cultura tão machista, na qual mostrar peito e bunda (e mais) é permitido, mas falar sobre sexo não. Bem... Permitido é. Se você vai ser desvalorizada depois, amiga... Problema seu! Responsabilidade sua.

Diferenças salariais, cantadas no meio da rua, mãos bobas na boate... Quanto mais a gente vai ter aguentar? Nós somos culpadas em parte. Tivemos e temos chances todos os dias de mudar essa situação e não o fazemos. Quando o próximo engraçadinho passar do seu lado na rua e sussurrar alguma coisa nojenta no seu ouvido, vai fazer o que? Gritar? Seguir pra casa como se nada tivesse acontecido? Se algum cara meter a mão na sua bunda no meio da balada? A culpa é sua porque estava de vestido curto? Ou por que bebeu demais?

Não é normal, não é ok esse tipo de comportamento. Por parte dos homens e das mulheres. Um comportamento só se repete porque alguém ainda permite que ele aconteça.

A gente gosta muito de meter o pau e tecer críticas a países e culturas que subjugam e subestimam as mulheres, e as apedrejam, por exemplo, por serem adúlteras ou perderem a virgindade antes do casamento. Mas aqui é aceitável que a gente leve cantadas esdrúxulas no meio da rua sem falar nada, ou que um cara venha abordar uma garota na noitada pegando com força pelo braço.

E as justificativas pra isso? “Elas gostam. Faz bem pro ego delas.” “Mulher que usa roupa curta, quer chamar atenção.” É, ela quer sim. Mas quem disse que ela quer chamar a SUA atenção, amigo? E que forma é essa de “elogio”, gente? Nunca vi mulher nenhuma, depois de receber uma típica cantada abusada no meio da rua, voltar pra falar com o cara e dar o telefone pra eles saírem depois. Eu, hein!

Pra não focar muito na polêmica, mas já abordando o assunto... É o mesmo caso da menina no BBB. Ninguém sabe exatamente o que aconteceu, mas o fato é que houve um comportamento abusivo. Assim como aqueles que eu descrevi acima. Mulheres de roupa curta, decote ou com muito álcool no sangue não são carta branca nem dão o direito a ninguém de abusar daquela condição pra tirar proveito.

Passa uma moça de roupa curta... Achou bonita? Gostosa? Feia? Guarde seus comentários pra si. Ela não precisa saber o que você pensou até te dirigir a palavra.

Tem uma moça bêbada e caída na noitada... Você se acha no direito de se aproveitar? A culpa é dela, afinal “ninguém mandou encher a cara”?

Tem gente que vê uma bolsa aberta ou um vidro de carro abaixado e se acha no direito de meter a mão e pegar tudo que tem lá dentro. A culpa é do descuidado ou do mal intencionado?

Hora de rever os conceitos.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

20 e poucos anos

Ter 20 e poucos anos é ter aquele ar de quem sabe tudo. Ou quase isso. A gente sabe que tem muita coisa pra aprender, mas falar e expor isso é coisa de gente careta e insegura. E aos 20 e poucos anos, a gente não é careta nem inseguro. Só às vezes. E às vezes é quase sempre. Ou sempre.

Aos 20 e poucos anos a gente está no limbo entre infantilidade adolescente rebelde e a maturidade dos balzaquianos. A gente bebe e pega táxi, mas vomita no cesto de roupa quando chega em casa.

Ter 20 e poucos anos é saber que a casa dos pais é um porto seguro e ainda assim querer ir pra rua, morar num conjugado, ou dividir um apê com um amigo a qualquer custo. Viver “perigosamente” é especialidade nossa.

Aos 20 e poucos anos a gente começa a ficar mais distante dos amigos. Trabalho, curso, namorados... Fica cada vez mais difícil encontrar horários vagos pra tomar aquela cervejinha e bater um papo como antigamente. Antigamente? É. Antigamente. A adolescência passou faz tempo, amigo.

Depois de 20 e poucos anos as multidões não são mais tão prazerosas como antes. Show, noitada, bar lotado 4 vezes por semana são coisas que não rolam mais. Uma vez por semana e a gente já se sente vitorioso de ter sobrevivido a tanta gente.

Aos 20 e poucos anos aquela mesma multidão que preenchia umas 4 noites na semana começa a ter um ar mais “vazio”. Por isso perde um pouco a graça. A gente pode tentar conhecer as pessoas que estão ali, trocar uma ideia, quem sabe não tem aquela pessoa especial ali? Mas não dá muito certo. Que ideia? Que conversa? É provável que ele(a) nem se lembre que te conheceu na noite anterior. A gente começa a freqüentar lugares menos barulhentos como alternativa.

Então, você está lá... Com seus 20 e poucos anos, olha pro seu trabalho, pra sua rotina, pra sua conta bancária, pro seu namorado(a), pro seu corpo, pro seu quarto, sua cama e pensa: Será que era isso mesmo? Dia a dia vai descobrindo aquilo que é ou não é pra você. E todo dia você muda de ideia.

Finalmente você começa a se entender, começa a respeitar seus limites, e suas opiniões ficam mais fortes. É quando você se dá conta que assim como a infância e a adolescência, os 20 e poucos anos são uma fase. Fase que passa rápido. Vai passando a cada linha lida e escrita. Tão contraditório, tão mutável, tão imperfeito, tão gente... Assim como eu e você.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Amar (não) é careta

Nos últimos tempos tenho me deparado com certas atitudes e pensamentos sobre amor que me deixam inquieta. Apesar do nosso senso atual querer sempre mostrar que somos muito auto-suficientes, a verdade é que ninguém vive sozinho. No máximo, se sobrevive sozinho.

Partindo desse princípio, não deveria ser vergonhoso querer ter alguém pra amar, e estar junto quando precisa, e quando não precisa também. Afinal, o QUERER é sempre melhor do que o PRECISO. Dá um tom de livre escolha na relação...

Voltando ao assunto, quando falamos em amor no século XXI com a geração dos 20 e poucos, percebo uma certa vergonha em assumir que “precisamos” e queremos alguém do nosso lado. A gente adquiriu uma síndrome de “loser”, na qual assumir um desejo que reside em outro ser humano é sinal de fraqueza, que não deveria NUNCA ter chegado aqui.

E aí, atingimos um patamar crítico: no século XXI não se ama. Ninguém quer saber de ninguém, somos todos corpos que se juntam numa sexta ou num sábado à noite pra intuito de diversão. Amar é bobagem, é “out”, não é “cool”. Amar é coisa de gente careta.

Pra compensar essa falta da estabilidade no amor (que adentrou todos os outros campos da vida), a nossa geração sabe SE APAIXONAR. Paixão é cool, é hot, é in. Paixão e loucura são melhores amigos. Melhor ainda: paixão e loucura são amantes, e, claro, mantém um relacionamento aberto.

No século XXI, a intensidade das coisas é tão forte, que não vale a pena nada que não se tenha paixão. Concordo e discordo.

É preciso realmente ter paixão pelas coisas. Paixão pelo trabalho, paixão pelo mês de férias, paixão pelas pessoas que você escolheu conviver (conhecidos como amigos), paixão pela pessoa que você se tornou e se transforma todos os dias.

Paixão é aquilo que tira a gente da cama! Por paixão se deve viver.

E o amor nisso tudo? Bem... O amor é aquilo que te traz paz. É preciso amar todos os segundos que se está vivo, amar quem faz esse trajeto contigo, amar quem você é e quem você vai ser.

Amor é aquilo que te deixa ir pra cama tranquilo. (E tranquilidade, hoje em dia, é artigo de luxo. É coisa pra quem pode...) Por amor, simplesmente, se é.

E é aí, onde eu vejo que a nossa geração está se perdendo. Paixão é bom, e é necessária, sim! Mas amor é um outro espaço que se conquista. Ele vem logo depois que você se apaixona, e podem até dividir o mesmo espaço, sem brigas.

Então relaxa, gente... Fiquem à vontade e sem pudor: Amar não é careta.