Os 350ml de café que tomei pra despertar, e tentar absorver a idéia de que tudo não foi mesmo um pesadelo, não adiantou. A ficha cai, mas enquanto vejo sua fria presença por aqui, rezo pra eu esteja somente dormindo. Sofro pensando que em algum momento eu realmente não acorde – nem você – e tudo isso seja mesmo a realidade.
Já sabia que em algum momento nossa convivência chegaria ao fim. Me preparei para quando acontecesse. Mas pensei estar preparada... E me enganei. Qualquer separação é sofrida. E na vida, experimentamos esses sentimentos sem ensaio. Pra cada circunstância uma dor diferente. E nem por isso menos dolorido. Dor, sofrimento, tristeza, não se medem. Sentimentos não são mensuráveis.
Separação é a interrupção de uma relação, um afastamento (momentâneo ou eterno), é abandonar aquela vida que compartilhavam, é desligar-se do outro, é desapegar-se da vida que tinham em comum.
A verdadeira separação é uma espécie de morte do outro indivíduo. E em alguns casos, separação é um eufemismo pra morte propriamente dita.
E eu aqui, após 25 horas sem dormir, dessa vez por conta de uma recente separação, mesmo estando totalmente desperta por conta da cafeína posso dizer que agora estou morta. Mas sei que não pra sempre, pelo menos por enquanto. A fênix queimou e virou cinza. Mas em breve ela renascerá.
*Post dedicado à minha companheira dos últimos 15 anos. Melissa, minha cachorrinha mais amada. Descanse em paz.
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Ela era.
Ela era impulsiva. Todos os seus atos tinham pelo menos um quê de imprudência. A cada passo, dois tropeços, e sempre um colo pra amortecer a queda. Sim, ela tinha sorte.
Meio desajeitada, dançava conforme a música, mas sempre no próprio ritmo. Dançava sozinha ou acompanhada. Preferia que fosse acompanhada. Sim, ela se sentia sozinha.
Ela era sensível. Com um domínio dos sentidos fora do comum. Percebia as sensações e impressões externas facilmente. Sim, ela sofria.
Um tanto instável, ela procurava por um chão. Uma forma de se manter firme e sólida. Mas qualquer sopro de calor ou uma brisa fria, eram responsáveis por sua dessolidificação. Sim, ela era vulnerável.
Ela era apaixonada. Movida pelo seu entusiasmo, a paixão era elemento essencial pra sua existência. E muitas vezes se entregava demais. Sim, ela colecionava decepções.
Bastante dócil, ela gostava que sentissem prazer ao estar em sua companhia. Se mostrava respeitosa, uma ótima ouvinte. Era capaz de dar opiniões mesmo que contrárias ao pensamento alheio de forma carinhosa. Sim, ela gostava da verdade, mas não de grosserias.
Ela era suave. Ou sempre tentava ser. Aquele que a tirasse do eixo, podia até receber seu perdão, mas perdia sua companhia. Sim, ela sabia ser forte.
Maior parte do tempo passava fazendo perguntas, desejando simplesmente saber. Pouca parte desse tempo, conseguia respostas. Mas quando as conseguia, recebia as melhores respostas, e até de perguntas nunca feitas. Sim, ela era curiosa.
Ela era metamórfica. Pensava tanto, que questionava os próprios conceitos. Acabava sempre mudando de idéia, percebendo que nada na vida é imutável. Sim, ela era um pouco melancólica.
Gostava da vida social. Via ali não só entretenimento e felicidade momentânea, mas também uma chance de observar/participar de experiências antropológicas. Era sua válvula de escape, e quase que uma oportunidade de entrar num mundo paralelo. Sim, ela gostava da adrenalina de perder o controle por uma noite.
Ela era livre. De espírito. Mas presa de coração.
*Qualquer semelhança com a realidade terá sido mera coincidência. Ou não.
Meio desajeitada, dançava conforme a música, mas sempre no próprio ritmo. Dançava sozinha ou acompanhada. Preferia que fosse acompanhada. Sim, ela se sentia sozinha.
Ela era sensível. Com um domínio dos sentidos fora do comum. Percebia as sensações e impressões externas facilmente. Sim, ela sofria.
Um tanto instável, ela procurava por um chão. Uma forma de se manter firme e sólida. Mas qualquer sopro de calor ou uma brisa fria, eram responsáveis por sua dessolidificação. Sim, ela era vulnerável.
Ela era apaixonada. Movida pelo seu entusiasmo, a paixão era elemento essencial pra sua existência. E muitas vezes se entregava demais. Sim, ela colecionava decepções.
Bastante dócil, ela gostava que sentissem prazer ao estar em sua companhia. Se mostrava respeitosa, uma ótima ouvinte. Era capaz de dar opiniões mesmo que contrárias ao pensamento alheio de forma carinhosa. Sim, ela gostava da verdade, mas não de grosserias.
Ela era suave. Ou sempre tentava ser. Aquele que a tirasse do eixo, podia até receber seu perdão, mas perdia sua companhia. Sim, ela sabia ser forte.
Maior parte do tempo passava fazendo perguntas, desejando simplesmente saber. Pouca parte desse tempo, conseguia respostas. Mas quando as conseguia, recebia as melhores respostas, e até de perguntas nunca feitas. Sim, ela era curiosa.
Ela era metamórfica. Pensava tanto, que questionava os próprios conceitos. Acabava sempre mudando de idéia, percebendo que nada na vida é imutável. Sim, ela era um pouco melancólica.
Gostava da vida social. Via ali não só entretenimento e felicidade momentânea, mas também uma chance de observar/participar de experiências antropológicas. Era sua válvula de escape, e quase que uma oportunidade de entrar num mundo paralelo. Sim, ela gostava da adrenalina de perder o controle por uma noite.
Ela era livre. De espírito. Mas presa de coração.
*Qualquer semelhança com a realidade terá sido mera coincidência. Ou não.
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Não muito iguais, mas nem tão diferentes
Sabe quando não rola? Não rola vontade, não rola química, não rola identificação... Não, eu não estou falando da sua parte. Estou falando da parte dele.
É, isso acontece. Nós mulheres temos o costume de pensar que se o cara pegou seu telefone, é porque ele quer te chamar pra sair, ou porque vocês ficaram na noitada umas duas vezes, que o menino “obviamente” vai estar afim de você. Engano nosso. O cara (vamos chamá-lo assim já que não vamos dar nome aos bois) pode pegar seu telefone e simplesmente não te ligar. Ele pode te encontrar uma terceira vez na noitada, e resolver dessa vez não passar aquela cantadinha péssima, mas que ele sabe que vai funcionar com você. Não porque ele não esteja “afim”, mas porque ele achou que não bateu, ou porque ele está mesmo é afim da melhor amiga que nunca nem olhou pra ele dessa forma. Ou simplesmente, ele não está afim. E não é porque você seja boba, feia e chata. Mas porque ele tem direito.
Oras, nós mulheres temos um rótulo de complicadas – que na maioria das vezes eu discordo, porque acho que o ser humano de forma geral é complicado e ponto. Mas já que é pra sermos complicados, vamos começar a descomplicar então. Quantas vezes você saiu com um cara lindo, sarado, com um sorriso perfeito, mas o beijoooo... Não batia de jeito nenhum. Tomou nojinho, implicou e nunca quis dar uma segunda chance pro indivíduo. Ou então, se você for das minhas, saiu com um cara, um tipo meio esquisitão, com um papo legal, o beijo era ok, mas quando ele te mandou um torpedo... “Adorei te conhecer. Agente derrepente podia sair pra jantar hoje. O q vc acha?”. Bom, eu acho que morri e o português foi brutalmente assassinado. Ou seja, fora da lista. Próximo!
E na noitada? Ahhh, a noitada... Ela é ótima, se você estiver ciente de que ali é lugar de despretensão, diversão, momento... Mas até aí, a gente não tem controle sobre quando o coração bate mais forte e dá aquele friozinho na barriga quando você dá um beijo (perfeito por sinal!), e troca altas idéias com aquele cara que pode ser um frei ou, o mais provável, um cafajeste/safado. Alguns drinks depois, vocês se agarrando e aos beijos a noite inteira, conversando, rindo, se divertindo, ele faz questão de te apresentar pra todos os amigos, pegar seu telefone, te deixar em casa... Você, impensada e ingenuamente, o remove da lista dos cafajestes/safados. Vocês continuam se esbarrando nas noitadas e tudo continua como na primeira vez (com exceção da parte que ele te leva direto pra casa). E como as noitadas sempre se repetem, não rola nem de você perceber que o cara nunca te ligou, nunca te chamou pra sair. Mas, uma mulher apaixonada não percebe essas coisas. Pra ela está tudo certo até aí. Vocês já conversam bastante depois que saem da festa, se curtem e tal... Qual seria o problema?
Bom... Geralmente, nesse tipo específico de situação a mulher se envolve sozinha, não percebe que aquelas ficadas eram coisa de momento, e que viravam abóbora assim que amanhecia. Um dia, ou melhor, numa próxima noitada, o cara já não vai mais mandar aquele “papo” que vocês já sabiam o que significava, já não vem com um abraço e um beijo na boca, mas sim com os “dois beijinhos na bochecha”, e só aí você se toca. Ele simplesmente não está tão afim de você.
Um banho de água fria? Sim. Mas quantos baldes d’água gelados você também já não jogou por aí?
A diferença está na forma de lidar com o “fora”. Mulheres já acham que é porque estão gordas (ou magras) demais, que não são interessantes ou inteligentes o suficiente, e duvidam até se são boas de cama ou não(!). Mas isso é uma confissão velada. Pros outros elas adoram dizer “ah, pior pra ele que me perdeu”. E sei que não posso falar pelo sexo oposto, mas acredito que os homens não se importem tanto. Talvez pensem nisso tudo também. Mas por 5 minutos. Logo depois, quando o chamarem no rádio pra jogar a pelada da terça-feira com a galera, ele esquece facilmente e já começa a olhar pra próxima oportunidade.
É, isso acontece. Nós mulheres temos o costume de pensar que se o cara pegou seu telefone, é porque ele quer te chamar pra sair, ou porque vocês ficaram na noitada umas duas vezes, que o menino “obviamente” vai estar afim de você. Engano nosso. O cara (vamos chamá-lo assim já que não vamos dar nome aos bois) pode pegar seu telefone e simplesmente não te ligar. Ele pode te encontrar uma terceira vez na noitada, e resolver dessa vez não passar aquela cantadinha péssima, mas que ele sabe que vai funcionar com você. Não porque ele não esteja “afim”, mas porque ele achou que não bateu, ou porque ele está mesmo é afim da melhor amiga que nunca nem olhou pra ele dessa forma. Ou simplesmente, ele não está afim. E não é porque você seja boba, feia e chata. Mas porque ele tem direito.
Oras, nós mulheres temos um rótulo de complicadas – que na maioria das vezes eu discordo, porque acho que o ser humano de forma geral é complicado e ponto. Mas já que é pra sermos complicados, vamos começar a descomplicar então. Quantas vezes você saiu com um cara lindo, sarado, com um sorriso perfeito, mas o beijoooo... Não batia de jeito nenhum. Tomou nojinho, implicou e nunca quis dar uma segunda chance pro indivíduo. Ou então, se você for das minhas, saiu com um cara, um tipo meio esquisitão, com um papo legal, o beijo era ok, mas quando ele te mandou um torpedo... “Adorei te conhecer. Agente derrepente podia sair pra jantar hoje. O q vc acha?”. Bom, eu acho que morri e o português foi brutalmente assassinado. Ou seja, fora da lista. Próximo!
E na noitada? Ahhh, a noitada... Ela é ótima, se você estiver ciente de que ali é lugar de despretensão, diversão, momento... Mas até aí, a gente não tem controle sobre quando o coração bate mais forte e dá aquele friozinho na barriga quando você dá um beijo (perfeito por sinal!), e troca altas idéias com aquele cara que pode ser um frei ou, o mais provável, um cafajeste/safado. Alguns drinks depois, vocês se agarrando e aos beijos a noite inteira, conversando, rindo, se divertindo, ele faz questão de te apresentar pra todos os amigos, pegar seu telefone, te deixar em casa... Você, impensada e ingenuamente, o remove da lista dos cafajestes/safados. Vocês continuam se esbarrando nas noitadas e tudo continua como na primeira vez (com exceção da parte que ele te leva direto pra casa). E como as noitadas sempre se repetem, não rola nem de você perceber que o cara nunca te ligou, nunca te chamou pra sair. Mas, uma mulher apaixonada não percebe essas coisas. Pra ela está tudo certo até aí. Vocês já conversam bastante depois que saem da festa, se curtem e tal... Qual seria o problema?
Bom... Geralmente, nesse tipo específico de situação a mulher se envolve sozinha, não percebe que aquelas ficadas eram coisa de momento, e que viravam abóbora assim que amanhecia. Um dia, ou melhor, numa próxima noitada, o cara já não vai mais mandar aquele “papo” que vocês já sabiam o que significava, já não vem com um abraço e um beijo na boca, mas sim com os “dois beijinhos na bochecha”, e só aí você se toca. Ele simplesmente não está tão afim de você.
Um banho de água fria? Sim. Mas quantos baldes d’água gelados você também já não jogou por aí?
A diferença está na forma de lidar com o “fora”. Mulheres já acham que é porque estão gordas (ou magras) demais, que não são interessantes ou inteligentes o suficiente, e duvidam até se são boas de cama ou não(!). Mas isso é uma confissão velada. Pros outros elas adoram dizer “ah, pior pra ele que me perdeu”. E sei que não posso falar pelo sexo oposto, mas acredito que os homens não se importem tanto. Talvez pensem nisso tudo também. Mas por 5 minutos. Logo depois, quando o chamarem no rádio pra jogar a pelada da terça-feira com a galera, ele esquece facilmente e já começa a olhar pra próxima oportunidade.
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